domingo, 8 de julho de 2012

Os religiosos estão segurando pedras, eu estou com muito medo.
Se Jesus pregou o perdão, por que eles estão me atacando desse jeito?
O menino que está ao meu lado não para de chorar, talvez ele conheça o pecado de estar sorrindo.
Sabe meu menino, se em algum momento eu pudesse usar a razão, não iria te colocar nesse Mundo.
'Quem nunca errou que atire a primeira pedra'. Eu gritei o mais alto que pude e em questão de segundos, pedras voaram.
Ei meu menino, não chore. Eles são cruéis e você está apenas começando.
Se acalme, eu estou em frente as pedras, nem uma delas vai te machucar.
Estou sangrando demais...
Ei meu pequeno, você sabe de algo? Sente medo de alguém?
Eu preciso levantar.
Realmente, eu preciso levantar!
Diante de tanta maldade, de tanta hipocrisia e de tanta fuga na cor dos olhos, eu apenas observo.
O sol inventa um ponto de fuga e se esconde atrás de tanta mediocridade.
Com o meu menino nos braços eu saio correndo atrás da primeira sombra.
Não passamos de pecadores.
Pecadores com sonhos, com vida e com sorriso no rosto.
Sabe a fuga na cor dos olhos? Eu sinto que a culpa é minha.
Só o meu menino conseguiu olhar fundo e viajar na poesia que reina no meu olhar.
Sabe menino, vamos seguir.
Diante de pedras, bíblias e religiosos.
Um carro vermelho e muitos pecados na bolsa.
Vamos acender mais um cigarro e fugir. Eu tenho você e você tem a mim, acho que nada mais importa.

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