terça-feira, 1 de maio de 2012

Escuridão

Ela acorda assustada sem saber aonde está, histérica, com medo não consegue concentrar sua visão e seus nervos estourando leva tempo até descobrir que está presa em uma cama, começa a gritar coisas sem sentido, ela quer apenas ser ouvida por alguém e depois de um tempo gritando logo vai se acalmando, mas quando seu cérebro enxerga aquela situação seu corpo volta a agir sem saber o que fazer ela está em uma daquelas camas de hospício, mas não lembrava de ter ficado louca, até lembrava da sua pacata vida como atendente de supermercado, mas aquilo.. ela não se lembrava daquilo ou de como foi parar ali, tudo o que ela desejava era se livrar daquelas prisões que a aprisionava a aquele quarto, e depois de conseguir trazer um pouca da calma e da lógica que geralmente lhe falta, ela observa aquele quarto, aquele imundo quarta onde estava, uma grande mancha preta na parede causada por talvez uma infiltração, aquele cheiro de mofo e de hospital que estava ali quase a fazia vomitar, mas como sempre estava almoçando na açougue do mercado já tinha o estômago treinado, uma porta de ferro bem em frente aos seus pés estava meio aberta, com medo de que o ser que a prendeu ali volta-se e fizesse aquelas coisas que eles mostram em filmes de terror e suspense ele começa a calmamente tentar fugir, se estive-se com a mente mais calma antes teria percebido que a mão magra dela poderia  sair dali com um pouco de esforço e um jeito especial. Após conseguir soltar a mão direita ela logo consegue se soltar e quando ia se levantar da cama ela percebe algo novo.. tem um cabo enfiado no meio da testa dela, não é bem um cabo e como um daqueles soros de hospitais e ela começa a puxar o cabo, e como nos soros esta com uma agulha enfiada na testa e com medo, e angustia, lentamente começa a tirar a agulha e quando mais puxa, maior se mostra a agulha e como se fosse nada a agulha finalmente saí.. uma agulha bem grande quase do tamanho da mão dela, e quando ela se levanta mal consegue ficar de pé, não sabe a quanto tempo está ali e quando tempo seu corpo está privado dos nutrientes e exercícios e sem conseguir ficar de pé direito vê um espelho em cima da cabeceira da cama, um espelho bem sujo mas com 2 esfregões com a mão parecia novo e quando a mulher olha no espelho ela está bastante surpresa, e a sua mente logo pergunta - quem é essa? - cabelos bem maiores que os dela, e uma cara ranzinza de velha.. ela tinha apenas 22 anos, aquela mulher parecia ter 50 anos e com o susto seus nervos ativam novamente e em um impulso rápido, se levanta e vai em direção da porta a com dificuldade ela consegue abrir aquela porta que  nem parecia ser tão pesada e logo quando ela sai do quarto ela leva um susto, ela está em um grande corredor cheio daquelas mesmas portas.
Em estado de pânico tenta sair dali, mas os corredores não pareciam ter fim, após andar aproximadamente 200 metros ela pára e olha para o lado, e vê um quarto com uma porta aberta, e quando entra no quarto, logo reconhece aquele mancha na parede e o espelho que havia acabado de limpar mas havia algo ali que ela não havia percebido antes, um jornal estava jogado no chão do outro  lado da cama, logo após pegar o jornal ela se vê surpresa, não entende uma palavra do que está escrito, nunca havia visto aqueles símbolos antes, mas uma coisa ela reconheceu.. a data 01/05/2052, logo o pânico volta, a última lembrança dela era a festa de natal de 2012, ela começa a amassar o jornal tentando achar alguma pista de o que estava acontecendo e em uma página qualquer ela vê uma foto de uma outra pessoa no mesmo estado em que ela estava, mas não sabia ler o que era aquilo e logo se vira para fugir, mas é surpreendida com duas pessoas atrás dela, usando roupas estranhas, parecendo aquelas roupas tóxicas, e ela vai até o canto do quarto e em desespero quebra o espelho e pega um pedaço para se defender, e com tanta força que ela segura aquele pedaço de espelho faz um grande corte em ambas as mãos e o sangue logo começa a jorrar. mas quase como a inutilidade do ato, ela logo desmaia sem forças para continuar.
Ela acorda assustada, histérica mas calma, um senhora, bem velhinha, não tinha forças para se debater, apenas murmurava por ajuda.. e com calma e precisão a senhora consegui tirar uma das mão das correntes que a prendia naquela cama e com muita dificuldade e dor nas costas consegue soltar a outra mão, após perceber a agulha na testa ela a tira como se fosse nada e quase desistindo aquela fraca senhora consegue se sentar na cama ele deveria ter uns 90 anos e já não sabia bem o que fazer e com uma calma visualização do cenário ela vê um espelho em cima da cabeceira da cama, mas  ele está quebrado e quando ela vai tentar limpa-lo para poder se reconhecer ela vê uma grande cicatriz em ambas as mãos.

                                                                                                                                   Jonas Baldsom.

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